Ficção científica não é lá o maior foco de minha atenção, a menos que estejamos falando de algo excepcionalmente Bom, com B maiúsculo. E meus amigos, Vivy: Fluorite Eyes Song é de cair o queixo! Não, não é só a androide, o anime como um todo mesmo promete ser uma das melhores histórias a se acompanhar nesta Temporada de Primavera 2021! Vem de Primeiro Gole pra entenderem melhor.

MACROSS IN 2021

Em Nirland, um parque temático de A.I’s, Vivy é a primeira humanoide artificial criada com sucesso. Sua função? Cantar de corpo e alma para alegrar os corações, no melhor estilo Macross, cantando para salvar o dia. Tributos à parte, o que ocorre é que cem anos depois da criação de Vivy, ocorre a tão famosa revolta das máquinas, que dizimam a humanidade, impotente diante da complexa tecnologia que ela própria criou.

Aliás, diga-se de passagem, o anime abre com essa cena de massacre que é realmente de apertar o coração. Para tentar reverter a situação, o Dr. DIO (mentira, não é o Dio, mas é dublado pelo Takehito Koyasu) programa uma A.I para voltar cem anos no passado no circuito da única humanoide que sobreviveu esse tempo todo em um museu: Vivy, a androide feita para cantar.

CRIANDO CONSCIÊNCIA

Ao ser confrontada por Matsumoto, a A.I enviada do futuro e o maior candidato para CHATO DA TEMPORADA (sério, o urso não fecha a matraca por nada), Vivy vai passando de um certo ceticismo desse mensageiro do futuro até uma gradual aceitação de que existe sim um perigo iminente à raça humana e que ela é a chave para a resolução desse conflito.

Como boa seguidora das leis da robótica de Isaac Asimov e determinada a seguir sua missão principal de fazer as pessoas se sentirem bem com o seu canto, Vivy vai de desvio em desvio para alterar o futuro.

E em pouco tempo de animação já é possível perceber que Vivy vai uma criando consciência própria cada vez mais bem elaborada. Quando uma situação de luto lhe é imposta no segundo episódio, você que assiste fica tão chocado quando ela, ao mesmo tempo que é lembrado da complexidade (e do perigo) que é mexer no passado.

Os itens, por alto, são esses: viagem no tempo e ficção científica. Na última categoria, Vivy já se mostra bem equipado em trazer ao palco as referências mais elementares do gênero, ao mesmo tempo que faz uma clara homenagem a um dos clássicos dos animes; aposto dinheiro que no final haverá uma grande cena de canto bem emocionante que foi o tipo de coisa que fez a fama de Macross. Tá escrito na cara que isso vai acontecer.

JUSCELINO EM DOBRO

Quanto à categoria viagem no tempo, Vivy promete entregar o dobro de Juscelino Kubistchek que entregou (ou tentou entregar) cinquenta anos em cinco. A história da humanoide correrá por todos esses cem anos do momento em que Matsumoto chega até Vivy até o dia da revolta das máquinas, que ela deverá impedir evento por evento.

13 episódios serão o suficiente pra isso? Pela qualidade dos episódios que tivemos até então, sou tentado a dizer que sim. Vivy parece ter tudo para entregar uma boa história do gênero assim como Erased ou Steins Gate conseguiram. É bem capaz desse anime não ser tão falado durante a temporada, mas não se enganem: Vivy é uma giganta entre nós.

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