O mundo é um lugar muito confuso, mas com um pouco de imaginação, o dia a dia se torna muito mais divertido e alegre, a vida vira uma aventura, esse é o mundo para os autistas, é exatamente assim que a querida Dakota Fanning mostra em Tudo que Quero.

Uma visão simplista e leve de uma autista correndo atrás de seus objetivos, por mais que para alguns seja qualquer coisa, para ela apenas importa isso e nada mais.

Tudo que Quero
Tudo que Quero (Pôster Divulgação)

Fã de Star Trek

O filme conta a história de Wendy, papel de Fanning, uma autista fã de Star Trek, ela passa a maior parte do tempo escrevendo uma história baseada no mundo da série, a qual tem como objetivo entregar esse roteiro para a Paramount Films e ganhar o prêmio para poder viver com sua irmã e sobrinha.

Uma trama simples, de certa forma simpática e pelo fato de ser uma autista, todos abraçam a ideia da protagonista e torcem por cada sucesso e se preocupam com cada aperto.

Pode parecer de certa forma vitimista, mas não foi esse o sentimento passado, pois mesmo ela sendo autista, ela sai pro mundo com foco de entregar a sua história para a produtora, sozinha na companhia de seu cachorro, isso altera totalmente um pensamento da menina ingênua para uma garota aventureira.

Ofuscando todos os outros, ela prova de seu talento e a estrela do longa entrega uma autista inocente e corajosa que faz qualquer um que assista o filme ficar ao lado dela em todos os momentos.

Tudo que Quero
Tudo que Quero (Imagem Divulgação)

Ótimo trabalho de Dakota Fanning

Não é um roteiro genial, sua densidade está no fato de ser uma autista saindo para o mundo frio e injusto, mas em geral ele é atrativo, porém mesmo Dakota Fanning roubando a cena, o resto do elenco também ajudou na trama: Toni Coilette que faz o papel da doutora foi bem, com uma personagem que simboliza aquele que está vendo o filme, principalmente an cena em que Wendy desaparece, surtando como qualquer mãe que perde um filho em um supermercado.

A irmã da protagonista, vivida por Alice Eve também não é nada especial, mas também traz uma visão diferente do que é mostrado em tela; o pensamento dividido de ter um parente especial e não se sentir capaz de cuidar dela pode ser explorado para muitos outros lados da vida.

O personagem em si que ofuscou Dakota foi o policial vivido por Patton Oswalt, que mostra ser fã de Star Trek e é o único desconhecido que Wendy confia, pois eles se comunicam em klingon, língua da raça Klingon existente na série, é a parte mais cativante do filme, provando para Wendy que ainda há pessoas que são confiáveis e podem entender aqueles que são diferentes.

Tudo que Quero
Tudo que Quero (Imagem Divulgação)

Simples e Denso

A simplicidade e o medíocre de Tudo que Quero é apenas uma máscara escondendo toda densidade e emoção que essa história passa, não se pode falar que se torna cult, mas não pode-se oficializar um filme pipoca.

Ele se equilibra nesses dois gêneros, traz grande impacto social – lógico se as pessoas absorverem dessa forma – pois a simplicidade pode enganar aqueles que irão assistir essa linda história.

REVIEW
Tudo que Quero
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
tudo-que-quero-reviewO mundo é um lugar confuso para Wendy, uma jovem que, apesar do autismo, é independente e brilhante. Wendy escreve histórias de fantasia em seu tempo livre e, quando ela descobre uma competição, decide terminar seu roteiro e participar. Agora o problema é entregar o roteiro. Com seu pequeno cão e apenas alguns dólares no bolso, Wendy decide corajosamente ir em busca de seu sonho, embarcando numa aventura repleta de desafios e surpresas.