Continuando com a série de matérias especiais nesta sema Tokyo Ghoul aqui no SUCO, trazemos para vocês o spin-off que saiu na Weekly Shonen Jump, em 2014.

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O one-shot de um pouco mais de 30 páginas, tem arte e roteiro do criador original da série, Sui Ishida e mostra como Juuzou Suzuya e Hanbee Abara confrontam um grupo de ghouls, denominados ‘Skull Mask’.

A Dupla

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Juuzou Suzuya em Tokyo Ghoul: Joker (Imagem Divulgação)

Juuzou Suzuya
Este aqui dispensa comentários não é mesmo? Um dos personagens mais carismáticos da franquia de Sui Ishida, divide cena com o grandalhão do Abara. Com seu corpo leve e frágil, é um dos mais versáteis investigadores ghoul da CCG e como de praxe em personagens “pequenos”: Carrega uma imensa foice, o Quinque 13’s Jason <3.

O bacana é que no one-shot o contraponto entre os dois personagens principais é bem escancarado. Enquanto Suzuya, investigador de Primeira Classe, não tem medo de nada e demonstra muita atitude – vindouro dos maus tratos que sofreu – temos Abara ainda em “formação” e se auto-descobrindo para suas ações. É interessante ver Juuzou em liderança, invertendo o papel que temos na série clássica, onde Shinohara era a frente de investigação.

Hanbee Abara
Voltando ao contraponto, temos aqui um personagem gigantão com seus 1,90m e junto com Juuzou, investiga os casos da CCG. Apesar de sua aparência assustadora – tipo Slender sem iris nos olhos – ele tem habilidades bem bacanas como os sentidos aguçados. Enquanto lemos, é bacana estar com o ponto de vista nele – já que ele é o protagonista da obra – já que podemos sacar os cheiros e até mesmo a respiração das pessoas em volta.

Como dito, parece que sua personalidade ainda está em formação e ele se julga um investigador não “totalmente” completo, ainda. Porém, é bem nítido que a dupla Hanbee e Juuzou funciona muito bem junto. Outro fator que o deixa com um character design bem bacana, é a utilização da katana, picando todos os ghouls que vê pela frente.

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Hanbee Abara em Tokyo Ghoul: Joker (Imagem Divulgação)

Skull Mask

A trama começa com ataques de ghouls que utilizam máscaras de caveira. E já na primeira cena, o combate come solto com a dupla e o bacana é que já sacamos a experiência de Juuzou, que já manda um sermão para Hanbee não dar as costas para os ghouls.

Até aí tudo bem, e a história segue simples, linear, um ponto favorável para um one-shot. O interessante é que, dá pra se pensar em ter diversos one-shots como esses, com pequenos casos da CCG. Imagina o quanto de personagens dá pra se trabalhar com isso?

Como na série normal já temos um trabalho do passado de Juuzou, o foco aqui é com Hanbee, até mesmo porquê, ele é o ponto de vista dos acontecimentos do mangá. Basicamente, Joker se desenvolve com um plot de investigação criminal, culminando num desfecho bem interessante.

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Juzzou Suzuya em Tokyo Ghoul: Joker (Imagem Divulgação)

Dinâmica

Já sabemos que Sui Ishida manda muito bem nas ilustrações, dando todo um clima gore – mesmo saindo na Shounen Jump. Mas o destaque aqui é para a dinâmica, onde não há respiro e a obra a todo momento se mostra muito interessante.

Há alguns pontos em que o autor trabalha, além do universo de Tokyo Ghoul. Uma delas é uma abordagem ao abuso de mulheres em metrôs, a tal ação do “groping“, que em paralelo também tem um desfecho ao plot principal. Outro trabalho, um pouco mais subjetivo é quanto aos sentimentos de Juuzou, onde há um certo momento em que ele demonstra ainda ter uma faísca de compaixão. Tudo isso em 33 páginas!

Estará acabado até eu contar 13…

Tokyo Ghoul: Joker é recomendado a todos os amantes da série e é bacana você ter lido o mangá ou no mínimo assistido a primeira temporada da série animada para poder curtir melhor. Para a galera que anda lendo a continuação RE, também é de vital importância, junto com o outro spin-off Jack. Todos agregam um valor de background bem interessante à série.

Tokyo Ghoul: Joker
Tokyo Ghoul: Joker na Weekly Shonen Jump (Imagem Divulgação)