Também conhecido por Inspector Akane Tsunemori (Inspector Akane Tsunemori), o mangá de Psycho-Pass foi lançado pela Panini em março de 2018 e foca no ponto de vista da inspetora novata em seus diversos casos criminosos.

Originalmente serializado entre 2012 e 2014 na Jump SQ, o mangá completo conta com 6 volumes tankô, e pode-se dizer que é o mais próximo de uma adaptação em papel do que vemos na série animada.

Psycho-Pass Report

Com muito daqueles conceitos que estamos acostumados a ver em filmes como Minority Report e tantos outros, Psycho-Pass consegue afunilar todos as ferramentas tão bem, que tudo flui naturalmente em sua trama – seja na animação ou aqui no mangá.

Visto isso, para os fãs do gênero – inclua cyberpunk aí – a franquia é uma das mais completas dentro do nicho em que está inserida (já comentamos em nosso SUCO APRESENTA), e o mangá entrega a mesma experiência que tivemos na telinha – por enquanto.  

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As seis capas do mangá de Psycho-Pass: Inspector Akane Tsunemori (Imagem Divulgação)

O Poder de Decisão

No mundo de Psycho-Pass nada é decidido. Tudo é especificado, calculado e entregado aos cidadãos. Atrelada a Sybyl, a mente das pessoas estão em constante vigília, e este sistema é quem determina o “bonzinho” do “inimigo”.

Na trama temos Akane, garota que conta com um potencial físico e mental de excelência; ela escolhe trabalhar para a agência de investigação de criminosos – algo como a nossa Polícia Civil – e bem, ela é humana demais para o cargo.

Seu poder de ação fica em conflito com o sistema e a cadeia de pensamento social, já que em algumas missões ela JULGOU o que era certo – acima da IA controladora. Sua tarefa em ser sangue frio ou agir por suas emoções é o diferencial de outras tramas policiais: a todo momento, em todos os casos deverá agir por instinto ou cumprir o que o sistema entrega?

Faz o que deve ser feito aquele que é capaz de fazê-lo

Com um mundo futurista, cheio de câmeras, regras e esquemas que medem sua reputação e tendência criminosa, o tal do Psycho-Pass, o cerne trama poderia ser muito bem explorada em um episódio de Black Mirror, por exemplo.

Em meio a essa dualidade, a protagonista comanda quatro Cães de Caça: estes, criminosos que combatem criminosos e buscam, talvez, a redenção.

Neste primeiro volume, que conta com três capítulos – e um deve terminar no próximo, ai que raiva – temos a apresentação de Shinya Kougami, um daqueles Cães, e por ora, o personagem mais complexo e interessante da trama, por trazer questões próximas ao que vemos em séries como Mindhunter: o que te faz ser um criminoso?

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Kougami e Akane de Psycho-Pass (Imagem Divulgação)

A Queda de Akane

Nesta caminhada pelos casos mais tortuosos, o maior desafio de Akane não é mirar bem no seu alvo ou conseguir desvendar com sua inteligência os mais diversos casos. Seu maior desafio é não se tornar uma deles! 

O medidor Psycho-Pass varia conforme seu estado mental e emoções. Isto flutua para mais ou para menos. Akane por exemplo, um garota até que kawaii, tem a mente muito equilibrada – por enquanto. O quanto seu trabalho influenciará na sua vida e o quanto vai lhe trazer para o lado mais maléfico do ser humano?

Com ajuda de Gen Urobuchi, responsável pela série, os desenhos contam com o traço de Hikaru Miyoshi e design de personagens por Akira Amano, conhecida por seu trabalho em Reborn, Psycho-Pass é uma leitura agradável, com quadros bem montados e dinâmica fluída.

Se ainda não conhece a franquia e não conseguiu assistir a tempo na Netflix, esta pode ser sua porta de entrada para o thriller policial/cyberpunk da Production I.G.

Quais serão as consequências da jovem Akane no mundo da criminalidade?

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Volume 1 da Panini de Psycho-Pass (Capa Divulgação)

Volume cedido pela Anime Hunter.