Eis-me aqui novamente Sucolinos e Sucolinas, logo após um animê de episódio duplo nessa Temporada de Inverno 2020, surpreendentemente venho lhes trazer as primeiras impressões de outro animê de episódio duplo. Sério! Não é brincadeira.

E a bola da vez é Plunderer, mas não fiquem com pulgas atrás das orelhas, pois talvez eu acerte às bobagens que direi sobre essa animação. Que comece o stand-up!

Plunderer do mangaká Suu Minazuki vem pelo estúdio GEEKTOYS – Hensuki e RErideD – no qual lança sua terceira adaptação e produção. Vale ressaltar que o estúdio é novo, teve apenas duas obras que foram produzidas pelo mesmo, além disso o animê está sobre a responsabilidade de Hiroyuki Kanbe – Oreimo e Viper’s Creed – que também atuou como diretor de apenas duas animações, mas que por outro lado demonstrou excelentes trabalhos como diretor de animação, storyboard, key animator e entre outros trabalhos importantes para animês como: Afro Samurai, Blue Exorcist, My Hero Academia, Neon Genesis Evangelion e por aí vai.

Ah! A matemática! A doce e terrível matemática.

Plunderer já começa com cenas tristes para fazer qualquer coração de gelo derreter e ao meu ver… Chorei. Ah! Tudo bem. Nem tanto.

Mas confesso que ver a mãe da Hina sendo arrastada para sabe se Deus onde por mãos negras partiu o coração de gelo.

O universo de Plunderer se ficou claro é governado por números como explica a personagem Nana, e esses números além de servirem como contadores para coisas, servem também como forma de posição social onde o maior manda e o menor obedece. É tipo quando você é o mais velho e seu irmão o mais novo e você mostra quem manda. Ou não.

Outros detalhes importantes são o tal Abismo – não, não é o de Made in Abyss – e o privilégio dado somente aos soldados do Exército de Alcian, o truco. Na verdade o nome real é Roubo das Estrelas. É o momento onde quem tem menos pode desafiar quem tem mais e aí pedir 6 e roubar.

Detalhe importantíssimo em relação ao Abismo e a relação que ele tem com os números, caso seu contador chegue a zero, o Abismo te engole e pra causar o ar de suspense que o animê não soube trabalhar muito bem, há um boato de que é pior que a morte.

Há diversas formas não tão claras de se aumentar o contador, desde um bom atendimento e feedback de um cliente, até um andar 40km durante cinco anos. É, a Hina deu uma pernada para ter o tanto de números que tem.

Um barão, dois barões, três barões…

Pô, minha gente! É barão que não acaba mais. Proseamos um pouquinho sobre matemática, e agora vamos ao Barão Vermelho, ou o personagem que a Hina passou cinco anos procurando.

plunderer

E quem é o Barão Vermelho?

O Barão Vermelho, ou Barão Relampejante é um dos “heróis” – embora o próprio não se considere um – da Guerra dos Abandonados. Guerra está que aconteceu 300 anos atrás dos acontecimentos envolvendo Licht e Hina.

No início do episódio o Licht demonstrava ser um típico personagem tarado, mas meus amigos, que surpresa para um fim de episódio duplo, pois o tarado mascarado era ninguém mais, ninguém menos que o Barão que a Hina procurava.

Diz-se que os Barões são pessoas que comportam poderes sobre-humanos e não é atoa que ficaram conhecidos como heróis de uma guerra, porém, terminado a guerra e alçado a paz, o boato é de que eles sumiram.

Licht enfrenta o exército para proteger Hina e por consequência acaba sendo obrigado a se expor e é aí que vemos os poderes de um Barão.

plunderer

Chorar faz parte.

Com todas essas explicações racionais e segredos revelados, eu estava ficando com dor de cabeça, contudo, o episódio trouxe um momento que eu tive que deixar as lágrimas escorrem. Primeiro: Licht teve que enganar Hina – roubando a Cédula dela na frente de um soldado do Exército – e dar o fora de Alcian. Segundo: Hina correu atrás de Licht para dizer a ele o quanto ela havia sofrido na sua jornada solitária e o quão sozinha se sentiu por cinco anos! Gente. São cinco anos viajando sozinha em busca de uma pessoa que tu não tem a mínima ideia quem seja, tudo para manter uma promessa feita a mãe. É triste.

Em suma, o enredo peca um pouco no quesito mistério, tensão, mas por outro lado, nas partes que requerem mais carga emocional, soube-se trabalhar muito bem às cenas que deixaram de alguma forma o animê fofo e ao mesmo tempo cruel. Não tivemos uma abertura e um encerramento apresentados ainda, mas aguardo ansiosamente. A animação é linda. Os quadros onde a Hina é apresentada em momentos de choro ou alegria são impecáveis. Eu creio que Plunderer vai agradar quem deseja algo que tenha lutas e momentos de tristeza.

Por hora é isso, meus caros leitores e leitoras. Eu peço truco que eu não vá acompanhar esse animê até o fim.