Em 1964, um filme fazia sua estréia e encantava toda uma geração, que hoje vem a ser nossos avôs e pais, hoje vivendo o que pode ser chamado de uma crescente escassez de novas idéias para o cinema, a encantadora Marry Poppins está de volta.
Se alguém pensava que o filme seria qualquer coisa, esquecem que estamos falando da Disney, que sabe ser ousada em seus filmes, mas não tem medo de entregar o que a mais de 50 anos atrás foi apresentado, essa é a maravilha de estar no pedestal do cinema mundial, pode-se fazer qualquer coisa, que qualquer pessoa abraçará com amor.
Tão lindo e divertido quanto o primeiro
Literalmente igual, porém em alguns anos depois da história do primeiro filme, O Retorno de Marry Poppins se mostra tão lindo e divertido quanto o de 1964, misturando pessoas reais com desenhos animados que lembram os antigos traços dos desenhos antigos.
O longa te joga em um mar de nostalgia e magia sem fim, boiando nessa maravilha de sequência e curtindo quase que a cada minuto assistido, isso dito porquê o início do filme é algo tão sem sal que te faz adormecer e começa a questionar a existência desse filme, até Emily Blunt aparecer e simplesmente carregar o filme nas costas, tudo fica mais lindo e funciona perfeitamente no exato momento em que a atriz aparece, a magia de Marry Poppins não só funciona dentro do filme afinal de contas.
A caracterização de Emily Blunt ficou impecável e extraordinária, foi algo digno de Oscar, o dinamismo do filme, os conflitos internos, a ingenuidade infantil e a magia sem limites apresentam o que confirma o termo “magia da Disney’ ser real e ainda cativante, um filme que não teve medo de apresentar a mesma coisa, porém foram 54 anos atrás, casando com a crise de novas ideias, praticamente a Disney tinha a faca e o queijo na mão para fazer desse filme algo espetacular, nostálgico e provavelmente ganhador de prêmios.
Direcionado a todos os públicos
O literalmente igual deve ser levado ao pé da letra, principalmente a linguagem dinâmica de diálogo, o velho musical dos antigos VHS “Cante com Disney” e a alegria de um blockbuster só comprova tudo o que um dia já foi assistido da antiga Marry Poppins.
Ele é superior em ser lindo e perfeito em atuações, porém entregar a mesma coisa talvez seja apenas uma carta na manga para atrair novos públicos, isso é uma curiosidade a se pensar, porque quem assistiu o antigo filme, facilmente gostará bastante dessa continuação, mas quem nunca ouviu falar, pode ter uma opinião mais interessante, pois a linguagem pode ser uma complicação grande para a nova geração, talvez muito acelerada, chata por ser um musical e fofinha demais a ponto de vomitar arco íris, ou pode se encantar como crianças da década de sessenta, realmente essa é a grande dúvida, porque esse filme é direcionado para todos os públicos, mas pode não atingir a todos, ainda sim, é um ótimo filme para ser visto e revisto.
Resgatando a era de ouro da Disney
O Retorno de Marry Poppins resgata a era de ouro da Disney antes de Marvel, Star Wars e agora Fox, prova que nunca precisou de franquias para ser um grande estúdio, mais uma vez só confirma o pedestal que lá se encontra.
Essa nova era de reboots se mostra a melhor coisa para a Disney, que não vai ter limites de explorar cada live-action, CGI e novas adaptações de muitos filmes que estão em nossos corações, Dumbo, Alladin e Rei Leão já possuem trailers, e vocês podem esperar um tsunami de novos velhos filmes – que mostra a tristeza do que se tornou o cinema, mas enche os olhos de rever aquilo que crescemos assistindo.