Eis que estava o #BELLAN participando de mais um destes grupos de literatura – especificamente a Fantástica – e me deparei com a sinopse do livro O Lago Negro. Por curtir mais este lado “sombrio” da coisa, estava a acompanhar o vindouro trabalho da jovem autora Juliana Daglio. Recebemos 20 páginas; Algo como o prólogo e o primeiro capítulo, o que representa uma pequena fração das 368 páginas que sairá pela editora Arwen.

Para quem não conhece o trabalho de Juliana Daglio, ela vem de seu incrível trabalho em Uma Canção Para A Libélula I e II, e por ser formada em Psicologia e apaixonada em Psicanálise – principalmente na vertente Freudiana – sua maneira de escrever é bem ímpar, principalmente em exemplificar os sentidos e emoções de suas personagens. Com esta prévia de O Lago Negro, não foi diferente e creio que o seu vínculo com a literatura fantástica, estará mais forte por aqui.

Sonhos e Mistérios

O Lago Negro apresenta Verônica; Uma jovem que acabou de passar – em primeiro lugar – numa faculdade federal para cursar Jornalismo. Ela resolve mudar-se para o interior de São Paulo, na cidade fictícia – eu procurei no Google, ok? – de Lagoana. Com um pouco mais de sete mil habitantes, logo quando ela chega por lá, sente-se coagida e evitada por diversos “lagoanenses”. O interessante é que quanto aos estudantes, é o contrário: Eles são um tanto quanto “entrões”.

Lembra de que falei quanto ao Prólogo e o Capítulo 1? No prólogo – que se passa um pouco à frente do primeiro capítulo – é onde encontramos a protagonista em seu mundo paralelo, se podemos assim dizer. Por viver um passado traumático, sua sanidade – para o universo comum e corrente – debilitada. Mais que vislumbrar teus sonhos e imaginários, ela o vivencia e mais, quer escrever sobre.

Espelho e Realidade

Quatro fatores me chamaram a atenção, um deles é quanto a forma de escrita, que já citei no início do texto. Outro, é quanto aquela inversão do ideal: “sair do interior para desbravar a cidade grande”. Aqui, Verônica se vê numa daquelas cidadezinhas “Stephen King nebulosas”, sabe? Daquelas que se alguém gritar, ninguém vai ajudar.

Lagos! Como eu adoro lagos e sua simbologia! Acho que lago e mistério dá sempre uma bela combinação – começando lá com Sexta-Feira 13 – ou mesmo com histórias mórbidas como ‘Os assassinatos do lago Bodom’. Mais uma coisa que está presente por aqui, e que a Ju mandou muito bem: a alternância do “real” e do “imaginário”.

Ansioso para desvendar todos os mistérios que rondam Verônica, Lagoana e O Lago Negro

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