A cada ano que passa, a tecnologia é o maior conceito usado para roteiros das grandes e pequenas produções de Hollywood, e com isso sempre vem a cabeça alguma história cyberpunk – uma trama lenta e arrastada para descrever a distopia em si – não dessa vez.

Aqui chega a ser quase que o inverso, dessa vez se tem algo bem atual e de certa forma plausível, Jexi: Um Celular Sem Filtro é a comédia romântica que faltava na década, trabalhando naquele nível de possível fracasso de bilheteria que têm grandes chances de ser ovacionado quando transmitido na TV aberta.

jexi um celular sem filtro

Com toques leves de romance e grande comédia escrachada, o filme acerta nos níveis certos de diversão, superando muitos outros do gênero, mesmo com a fórmula já conhecida, a história sabe como manter o público bem fixo na trama, e por mais simples que seja, a carga emocional de Adam DeVine protagonizar a comédia acrescenta e muito, um nome que muitas vezes era visto como secundário ou até menor em outras histórias, dessa vez é o maior nome e o principal holofote, provando que não está em Hollywood para preencher buraco, com outras presenças como Michael Peña e entre outros, o elenco conseguiu não só juntos mas cada um em seu desenvolvimento entregar papéis incríveis que conseguem fazer a diferença sem sobrepor ninguém.

O tema Inteligência Artificial em uma comédia é um tanto inusitada, principalmente ela sendo bem sentimental, a forma de humanização é algo que foge do real em alguns momentos, pelo menos era para ser assim. Chega a ser um tanto assustador esse conceito de o ser humano ser tão dependente da tecnologia, tanto que nessa comédia romântica é trabalhada cenas onde se destaca visualmente isso, moldando o personagem drasticamente, só por ficar longe do celular já é uma espécie de liberdade em um mundo robotizado, dizendo assim, aparenta ser algo bem mais profundo e reflexivo, mas muito longe disso, as cenas de escravidão digital são sutilmente apresentadas e de fácil interpretação sem sair do contexto de filme leve para toda a família, pode-se dizer que essa comédia romântica entregou uma reflexão cyberpunk sem precisar ser algo tão distópico e nem lendo demais.

Como dito, provável chances das pessoas nem sequer irem aos cinemas assistirem esse filme, o que é uma injustiça, pois têm seu valor, consegue atingir a quase todas as idades, talvez por alguns diálogos sobre sexo e cenas semi nuas não deve ser indicado para as crianças, mesmo assim é um nível bem familiar de diversão onde se vê naquela tarde de domingo pós almoço, certeza que algumas pessoas colocarão Jexi: Um Celular Sem Filtro como um de seus filmes favoritos e grande chance de ser assistido em looping de tão engraçado e divertido que se mostrou nas grandes telas.

REVIEW
Jexi: Um Celular Sem Filtro
Artigo anteriorFalcão e Soldado Invernal | Aniversário de 107 anos do Bucky na série + Personagem surpresa
Próximo artigoAprendiz de Espiã | Review
Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
jexi-um-celular-sem-filtro-reviewNo longa, Phil (Devine) é viciado em seu celular, não tem amigos e sua vida amorosa é inexistente. Mas isso está prestes a mudar. Quando ele é forçado a atualizar o aparelho, o modelo mais recente vem com um recurso inesperado: Jexi (voz de Rose Byrne), um sistema de inteligência artificial que se torna companheiro e orientador de Phil. Com sua ajuda, ele começa a viver a vida real. Mas, à medida que se torna menos dependente de seu telefone, Jexi se transforma em um pesadelo tecnológico, determinado a manter Phil sozinho, mesmo que isso signifique arruinar suas chances de encontrar o sucesso.