Tonya Harding, ícone da patinação no gelo, disputou duas olimpíadas, foi campeã nacional e está na história como a primeira mulher a conseguir fazer um salto o qual ninguém havia conseguido em sua categoria em competições e em mandar quebrar a perna de uma concorrente que poderia representar os EUA nas olimpíadas.

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Disso tudo, ainda existia conflitos familiares e relacionamento conturbado, e só para completar, a protagonista é Margot Robbie – mais um filme entre os indicados ao Oscar 2018 – e mais uma obra prima digna de ser vista e re-vista para todos os amantes do cinema.

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Eu, Tonya (Pôster Divulgação)

Polêmicas e Patinação

O filme conta a história da patinadora desde os seus três anos de idade até o início de sua carreira como boxeadora, levando para o estilo documentário, mas com uma trama tão bem amarrada que esse estilo consegue ser até descartável, tanto que em algumas partes percebe-se que as cenas documentadas se fazem desnecessárias.

O tom mais sombrio casa totalmente com o caráter da personagem, briguenta, arrogante e convencida de que nunca tem culpa de nada, Tonya, vivida por Margot Robbie, mostra o eterno ódio por sua mãe, as fortes brigas com o ex marido provam todas as sequelas que ela adquiriu durante a fama, ela apanhava sem dó nem piedade, trazendo um tom bem pesado para essa trama.

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Margot Robbie em Eu, Tonya (Imagem Divulgação)
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Sebastian Stan em Eu, Tonya (Imagem Divulgação)

Trilha e Atuação

Apesar de Robbie apresentar uma grande atuação, ela divide os holofotes com Allison Janney, ganhadora do Critical Choice de Melhor Atriz Coadjuvante com o papel da mãe de Tonya, LaVene Harding, a frieza e arrogância que existe entre mãe e filha é um marco a ser destacado nesse filme.

E tudo casa perfeitamente com a trilha sonora, cada momento, seja de tensão ou alegria, facilmente você é pego pela situação, e se encontra dentro dela, e com esse elenco de peso que provavelmente levará um Oscar, além de Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante com Allison Janney, filme concorre a Melhor Montagem.

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Eu, Tonya (Pôster Divulgação)

Quase um documentário

Eu, Tonya é sim uma obra de arte, foge do estilo documentário e consegue ser uma junção de humor e tragédia que dificilmente será feito novamente, talvez só contando a história da talentosa e polêmica Tonya Harding isso é possível.

E graças ao filme, a história de quebrar a perna da ex patinadora Nancy Kerrigan talvez tenha sido esclarecido, e para aqueles que querem entender um pouco a situação mais conturbada da ex patinadora, basta assistir esse filme sensacional digno de um Oscar.

https://www.youtube.com/watch?v=US_P75dgJ_w

REVIEW
Eu, Tonya
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
eu-tonya-reviewAcompanhe a vida da ex-patinadora no gelo Tonya Harding. Durante a década de 1990, ela conseguiu superar sua infância pobre e emergir como campeã do Campeonato de Patinação no Gelo do Reino Unido e segunda colocada no campeonato mundial. Porém, ela ficou realmente conhecida quando seu marido, Jeff Gilloly, e dois ladrões tentaram incapacitar uma de suas concorrentes quebrando a perna dela durante as Olimpíadas de 1994.