Um dos grandes lançamentos do ano, Elden Ring será um jogo que ocupará muitas horas de jogatinas por aqui. Escrevo este Primeiro Gole com aproximadamente 25 horas de gameplay, e arrisco dizer que não fiz nem 20% do jogo, já que estou no modo “hard explorer”, desvendando cada canto do mapa e farmando bem antes de seguir os objetivos principais.

Seguindo o modelo FromSoftware e distribuído pela Bandai Namco, Elden Ring, que chegou no último dia 25 de fevereiro, é uma compilação de todos os soulslike da empresa com a lore/argumento de George R. R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo, mais conhecido por aqui como Game of Thrones. Apesar disso, o game não se resume a isso, somente, e é o que vamos entender, superficialmente – e sem spoilers de história – a seguir.

Viagem às Terras Intermédias

Em resumo: você é um Maculado que vai se levantar nas Terras Intermédias e terá a missão de encontrar os fragmentos do Anel Prístino, o tal Anel do Elder, o tal do Elden Ring. Assim como em outros jogos da série, há um modo de criação de personagens, que bem, apesar de ser o mais robusto até então, não é dos mais amigáveis; parece que o jogo te força a deixar seu personagem “feião”. Caso não tenha muita paciência nessa parte, já aviso que há a possibilidade de mudar sua aparência in-game, quando e como desejar, sem nenhum limite.

Fora a aparência, também temos as classes. São dez disponíveis, e conhecer cada uma delas pode te ajudar no começo do jogo, pois, mesmo tendo em mente que podemos fazer mudanças em nossa jornada, começar com armas que temos mais afinidade – ou magias – pode ser de grande ajuda. Lembre-se que não há um modo correto/errado, é apenas o seu modo de dar início na aventura. *Até este presente momento, não sei se há uma maneira de dar reset em atributos no endgame. 

As classes de Elden Ring, são:

  • Guerreiro – começa com lâminas duplas, alcance curto, maior destreza e propensão para usar arcos;
  • Profeta – para utilizar Encantamentos e Magias que dependem de Fé;
  • Herói – classe para o corpo-a-corpo com Força considerável, mais propensa para os “pure str”;
  • Vagabundo – a qual eu comecei, já possui uma boa Vitalidade e atributos de combate equilibrados. É bem conhecida para fazer a tal da “Quality Build”;
  • Bandido – gosta de ataques furtivos? Já começa com um arco, baixa Vitalidade e build focada em Sorte. Também já pode utilizar magias logo de cara;
  • Astrólogo – para quem busca um Mago, possui pouca Vitalidade, ou seja, evite ao máximo combates corpo-a-corpo;
  • Samurai – uma classe focada em resistências e Destreza, traz o “pure Dex” para o combate corpo-a-corpo;
  • Prisioneiro – para quem quer flertar combate armado e magias, pode ser uma boa pedida, porém, indicado para jogadores um pouco mais experientes;
  • Confessor – talvez uma das classes mais parrudas neste início de game, além de ser um ótimo lutador, você pode usufruir de magias;
  • Miserável – para quem busca uma classe que poderá mexer nos mínimos detalhes, você começa “zerado” em seus atributos, sem nenhuma aptidão já especificada. Tudo dependerá da sua build. Indicado para jogadores experientes na franquia.

Modos de Jogo e Acessibilidade

Como o jogo funciona para quem nunca jogou um Dark Souls na vida? Bem, acredito que a primeira área de Limgrave seja amigável para quem não avançar diretamente para o objetivo principal. Assim como em toda franquia, desafios extremamente difíceis já estão à sua frente logo no início do jogo – vide o Sentinela da Árvore – e isso pode causar um pouco de frustração.

Entretanto, Elden Ring tem um maior cuidado neste aspecto. Por conta do hype e de ser potencialmente o jogo mais popular da série, Hidetaka Miyazaki trouxe um design mais amigável de progressão. Tudo em volta do Primeiro Passo, ou pelo menos em sua maioria, são áreas de “How To Play”, com catacumbas e chefes que dão mecânicas, itens chave e diferentes tipos de arma.

Esta é a forma de apresentar todos os jogos da FromSoftware, junto é claro, com a ambientação em Mundo Aberto. Sei que é chover no molhado, mas Zelda Breath of the Wild está em peso por aqui, e combinou MUITO. Não sei o quanto Conan Exiles também possa ter tido seu momento de inspiração, mas um pouco da vibe lovecraftiana e melancólica também é sentida. É interessante que nem mesmo os ambientes verdejantes e coloridos trazem aquela paz de espírito, sabe? Tudo tem um clima pesado; característico  dos jogos do Miyazaki.

E para quem já jogou os Souls? Enquanto o jogador “comum” que não estava habituado com a franquia sinta-se frustrado ou com dificuldades no início, o soulsgamer vai se sentir em casa. Há mecânicas, referências, pacotes sonoros, texturas e até inimigos de toda a série, e cada fragmento do mapa você terá uma sensação de “eu já vi isso antes”.

Este momento de nostalgia misturado com a novidade é um bom equilíbrio para manter você atento e a seguir adiante; o jogo é extremamente viciante e te faz querer explorar cada milímetro, das altas encostas mortais às fortalezas gigantescas. É válido dizer que Elden Ring traz uma mescla de mecânicas de todos os souls, basicamente pegando o melhor de cada um e aprimorando por aqui. É possível que você se encontre e pegue o jeito em uma, e depois mude para outra, e assim por diante. Por exemplo, para o bandido, é interessante você treinar os backstabs; já com o Vagabundo, o contra-ataque defensivo.

A dificuldade do jogo depende de como você o encara. Quanto mais você explorar e farmar, mais recursos você terá. Além da progressão de personagem, como nível e atributos, o Maculado têm a sua disposição o seu cavalo, Torrente, que auxiliará nas batalhas ao ar livre – ou contra grandalhões – de forma mais fácil; aquisição de Frascos, Elixires e outros itens de cura, tornarão as batalhas contra chefes mais agradáveis; além disso, você pode invocar NPCs, fantasmas, utilizar “weapon arts” e ainda, caso tenha derrotado um Grande Inimigo, o poder de uma Grande Runa. E se mesmo depois disso, você não consegue passar por um desafio, há a possibilidade de você chamar um amigo para te ajudar!

Em Busca do Anel Prístino

Ainda é cedo, por incrível que pareça, eu querer comentar sobre a lore ou mesmo do desenvolvimento da trama do jogo. Enquanto isso, continuo minha exploração em busca do Anel Prístino e num futuro trago-lhes a REVIEW completa do jogo.

Algumas considerações de que posso dizer é de que com toda certeza, mesmo que sua otimização (principalmente no PC) não esteja das melhores, e que haverá sim correções com patches, já considero um dos melhores jogos da FromSoftware, e dos melhores lançados nos últimos anos. Assim como Zelda BOTW, Elden Ring eleva a régua dos jogos mundos aberto, do seu jeito, fugindo do RPG tradicional e foca na exploração e repetição orgânica; tudo de uma forma recompensadora. Quanto mais você jogar, mais você vai “ganhar”. Uma troca equivalente e de bom grado.

Recentemente a Bandai Namco soltou um vídeo com a atriz Ming-Na Wen, veja abaixo:

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ELDEN RING já está disponível para as plataformas PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, e PC via STEAM.