Em 1941, um certo elefantinho orelhudo marcava a história da Disney para sempre, considerado um dos maiores clássicos das animações, um filme lindo e divertido que te faz chorar pelo fofo protagonista.

Diante ao longo tempo passado de sua estréia, lógico que ele não escaparia da possibilidade de um reboot, estamos em 2019, e o pequeno Dumbo está de volta às telas de cinema, com uma história completamente diferente do antigo filme, e algumas referências já conhecidas, esse filme promete pegar a todos os velhos paia que se emocionaram com o lindo desenho, porque a nova geração provavelmente passará longe desse filme, e questionará o porquê é chamado de clássico.

Novas versões

Antes de mais nada deve se destacar algo importante, quando foi anunciado esse reboot um medo bateu em mim pelos elementos um tanto problemáticos para os tempos modernos, alguns pontos como palhaços bêbados, corvos falantes praticante de bulliyng agressivo e um bebê elefante bêbado, tendo alucinações devido a efeito do álcool e gerando um dos primeiros traumas das crianças daquela época: elefantes cor de rosa com uma face tenebrosa!

Alguns pontos que fazem aquele filme funcionar até hoje, e para modificar isso para a nova geração, é mexer em uma fórmula já bem estruturada, e o resultado se torna um mistério, contudo têm o seu valor e funciona mais ou menos o que era para ser, mesmo assim perde bastante a essência do desenho.

dumbo live action 2019
Michael Keaton em Dumbo (Imagem Divulgação)

Toque emocional

O toque emocional já visto no filme de 1941 é modificado nesse filme , porém consegue acertar os corações, cenas como a relação da mamãe elefante e seu filhote ainda te traz algumas lágrimas e pensa na situação de animais aprisionados em circo, e lógico que pela situação de mãe e filho separados, apenas isso porque esse filme cometeu um leve erro.

O nome do filme é Dumbo, o elefantinho orelhudo ficou em terceiro escalão na trama, pois o desenvolvimento é apoiado no papel de Colin Farrel e seus filhos, os quais são insuportáveis, chatos e completamente descartáveis, eles estão substituindo Timóteo, o ratinho que fica amigo de Dumbo no antigo filme, mas Timóteo, mesmo sendo um desenho animado – se mostra muito mais interessante e carismático do que essas duas crianças

Chega uma hora que não se aguenta mais, e por ser um arco modificado, toda a trama que se passa em Dumbo de 1941, se torna uma pedra rolando barranqueira abaixo e atropelando qualquer ser vivo que estiver na frente, sem trazer toda a emoção que devia ter.

Caso você já tenha assistido o desenho, o primeiro e segundo ato desse novo filme se torna uma metralhadora de referências, e o terceiro ato se mostra algo novo, se mantém raso e bem monótono, mas apresenta não só um final diferente, como Tim Burton se mostrou livre, leve e solto para colocar todos os seus toques mais sombrios ao lado das trilhas do Danny Elfman, o filme inteiro ficou querendo ver essa dupla ser acionada, e quando aconteceu, foi um deleite para uma trama tão simplificada – até demais do que o desenho.

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Eva Green em Dumbo (Imagem Divulgação)

Fantasia e Magia Disney

Com a chatice das duas crianças, o personagem de Colin Farrel conseguiu mover a trama mais facilmente quanto estava sozinho, pois se prende a história dele, um antigo artista de circo perde seu número por causa da crise financeira que se rodeia esse ambiente, ainda perde um braço na guerra, o mesmo não quer ser reconhecido como o herói de batalha e só quer voltar a sua carreira, um peso interessante para te fazer abraçar esse personagem.

Esse desenvolvimento ainda ganha um bônus belíssimo, chamada Eva Green, a trapezista do maior circo de todos, trás uma personagem intrigante que é moldado de arrogante a amorosa, efeito causado pela parceria com Dumbo, dupla a qual trouxe uma das coisas mais bizarras e desapontantes que esse filme poderia trazer: de tantas mudanças, a personagem de Eva Green montar Dumbo transformou o elefante orelhudo em um pégaso, a fantasia e magia da Disney se torna uma loucura alucinante sem tamanho e fora dos limites da suspensão de descrença.

Mas dito tudo isso, precisamos falar daquele que chama atenção quando seu nome é falado e muitas vezes roubou a cena, Danny DeVito é o dono do circo, o qual passa por um stress sem tamanho e se torna o alívio cômico quando o macaquinho inferniza a vida dele, mas também traz algo muito além, seu personagem precisa escolher entre a fama e o sucesso ou manter os funcionários do circo, que se mostra uma família unida na trama, a qual ali coloca DeVito como o melhor ator do reboot de Dumbo.

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Danny DeVito em Dumbo (Imagem Divulgação)

Diversão garantida!

Pode-se dizer que esse filme acerta em alguns pontos o qual a maravilhosa Disney já fez no desenho, mas não passou de referência para quem assistiu o filme de 1941, antes fosse as falhas considerar esse filme ruim, pelo contrário, a diversão é mantida, o toque de Tim Burton é nítido em tela, e apesar da trilha ser de Danny Elfman, as canções antigas do desenho também estão lá.

Já os pontos problemáticos já citados, foram modificados perfeitamente para esse filme, dito isso, Dumbo de 2019 é uma tentativa “fracassada” de reboot, mas um ponto positivo para diversão, emoção e nostalgia para a velha geração, e uma história linda que trás uma mensagem de família unida e fofura com o adorável Dumbo.

REVIEW
Dumbo
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
dumbo-2019-reviewHolt Farrier é uma ex-estrela de circo que retorna da guerra e encontra seu mundo virado de cabeça para baixo. O circo em que trabalhava está passando por grandes dificuldades, e ele fica encarregado de cuidar de um elefante recém-nascido, cujas orelhas gigantes fazem dele motivo de piada. No entanto, os filhos de Holt descobrem que o pequeno elefante é capaz de uma façanha enorme: voar.