Inicialmente sendo um DLC, Dishonored: Death of the Outsider mostra do porquê veio a ser um jogo standalone e acessível mesmo a quem nunca jogou nenhum dos jogos anteriores – como no meu caso! 

Como de praxe, alguns elementos que comentei em nosso PRIMEIRO GOLE, não vou repeti-los por aqui. Sinta-se a vontade para ler.

O Estranho sangra?

Em Dishonored: Death of the Outsider você tem o controle sobre a protagonista Billie Lurk, assassina de aluguel e “pupila” de um dos maiores e mais lendários que já existiu: Daud! Apesar da missão principal do game parecer simples, não pense que será fácil concretizá-la.

Daud quer matar O Estranho (o Outsider do título) a qualquer custo, cabendo a você decidir como este caminho será percorrido. Para encontrá-lo, serão cinco missões, passando por cenários em meio a ruelas e nos mais obscuros esconderijos possíveis pela região de Karnaca.

Tomada de Decisões

Um dos fatores mais interessantes do jogo é de como você pode tomar suas decisões. Imagina que você esteja no ponto X e precisa resolver o Y; há diversas formas de chegar lá, bem como há outros caminhos e missões secundárias que podem te facilitar a resolver a principal. Não só isso, além das missões, existem os contratos, estes que podem lhe dar mais dinheiro e itens que podem te ajudar na sua caçada.

Tudo em primeira pessoa e pela visão de Lurk, é possível se esgueirar pelos pontos mais escuros de uma rua, indo por telhados, matando ou não seus inimigos – ou civis inocentes – com ajuda de armas, bombas, setas que dão choque e claro, as tão queridas habilidades sobrenaturais do Vazio.

Um dos equipamentos como a arma voltaica.

Ao todo, são cinco habilidades (além da que possibilita confeccionar Amuletos de Ossos), onde uma delas inclui você ter o poder de ouvir os ratos (Encantador de Ratos) – que podem lhe dar mais informações e dicas de como passar uma determinada área – como também um golpe mais poderoso com sua faca, o Golpe do Vazio.

Para auxiliar no seu plano sorrateiro, é possível utilizar a habilidade de movimento Deslocamento, onde você se “teletransporta” para um local desejado – parecido com o Noturno dos X-Men. Um detalhe que é possível se “materializar” no local dos inimigos, fazendo-os explodir!

Outra bem interessante e que possibilita mais interação com os NPC’s, é a Semelhança, onde você rouba as características físicas da pessoa durante um certo tempo.

Entre as missões, há animações em formatos de histórias em quadrinhos para uma melhor exemplificação da historia (Imagem Divulgação)

Porém, a que mais vai lhe auxiliar a invadir uma nova área, é Previsão, onde é possível para o tempo e sair “voando” por aí, passando por espaços bem pequenos como dutos de ventilação. Além disso, a habilidade permite marcar objetos, por exemplo.

Primeira Experiência

Nessa primeira experiência com o jogo, passei por diversos apuros no qual não estava acostumado dentro do gênero do stealth (furtivamente). Outra questão é de que percorri o jogo de uma forma intuitiva e não muito “inteligente”, sem me arriscar muito ou procurar soluções com menos visibilidade. O meu foco no caso, era dar continuidade na história central, esta por sinal, bem interessante.

Já revelo que o New Game+ traz a possibilidade de jogar com habilidades de Dishonored 2, algo que não pretendo fazer tão já. Por contar com um fator de replay interessante, o foco será no aumento de dificuldade, exploração e claro, na conclusão de contratos que deixei para trás.

Uma das missões mais bacanas do jogo envolve uma invasão ao banco. (Imagem Divulgação)

O Vazio

Apesar de ser um jogo relativamente curto, as tomadas de decisões e inúmeras quests secundárias tornam um gameplay saudável e que pode divertir por muito tempo num mesmo mapa. Na questão técnica, uma máquina modesta (no caso de PC, como minha versão) pode proporcionar um jogo fluido a 60 quadros por segundo e uma trilha sonora imersiva, já que é possível ouvir e curtir os trovadores da cidadela ou mesmo um cantor de ópera famoso dentro da trama do game.

Acredito que tenha sido uma boa estratégia em lançar standalone, já que proporcionou, como no meu caso, muitos a tomarem conhecimento da franquia Dishonored. Se você está na procura de um jogo de stealth, possibilidade de decisões – mesmo que estas não interfiram no decorrer do jogo, uma pena – e matanças, Dishonored: Death of the Outsider pode te agradar, e também ser uma porta de entrada no universo de Daud, Corvo, Emily e agora, Billie Lurk!

*Jogo cedido pela desenvolvedora para avaliação.