Stay Awhile and Listen. Enfim temos a versão remasterizada definitiva de Diablo II e sua expansão, Lord of Destruction, clássicos e icônicos jogos da Blizzard que fizeram história dentro do conceito Ação-RPG, agora com Diablo II: Resurrected.

Jogadores mais velhos, que vivenciaram o poder infernígneo de outrora, pode depois de vinte anos, revivenciar a experiência de Diablo II com melhorias visuais e mecânicas atualizadas, como a bem vinda “coleta de ouro automática”.

Entre esses dias 9 e 13 de abril, a Blizzard nos cedeu uma chave para testarmos o Alfa Técnico, e como um grande fã, tive o prazer de jogar em torno de quinze horas, fechando a “demo” até Duriel, do Ato II do jogo.

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Os detalhes da nova modelagem estão muito bonitos! (Imagem Divulgação)

De Rogue Encampment a Lut Gholein

Para este teste público, três dos sete personagens estavam disponíveis, sendo eles o perito no combate corpo-a-corpo, Barbarian, a dilaceradora de demônios Amazon, e a mortífera Sorceress. *Por conta do jogo ainda não estar localizado em português-brasileiro, vou me ater aos termos em inglês.

Selecionando um deles, nossa jornada começa por Rogue Encampment, passa pelas terras selvagens de Khanduras e vamos até o Monastery de encontro a primeira grande chefe, Andariel. Após isso, e com ajuda de Wharriv, seguimos para o calor escaldante de Lut Gholein, onde com ajuda dos conhecimentos de Cain, abrimos passagem para a difícil luta contra Duriel, o que finaliza em dois Atos a jogatina.

Apenas o single-player está disponível, mas a experiência pode ser alternada entre o modo clássico “Mouse + Teclado”, como também no “Controle”, onde adicionaram um hub visual todo exclusivo para esta versão. Pessoalmente, ainda acho mais prazeroso no modo de “cliques”, o que não tira o mérito da precisão alcançada nas versões de console de Diablo III.

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Algumas coisas nunca mudam, como morrer para o Summoner no Arcane Sanctuary (Imagem: Suco de Mangá)

Respeito às origens e o que mudou

Para este Alfa Técnico, tivemos um vislumbre do que há de vir, e bem, posso adiantar que está TUDO ALI. Não há em nenhum momento a sensação de que algo foi “capado” (como em certos remakes de hoje em dia), e mesmo a remodelagem dos bonecos, antes sprites em 2D, agora 3D, não causa estranheza durante o play.

Ainda com relação aos updates, toda a parte visual de texturas, efeitos especiais, animações, luzes, sombras, estão atualizados para o hardware moderno, e chuto que estão até mais bonitos que o visto em Diablo III. Mesmo não sendo necessário uma máquina ultra-potente para extrair 60 quadros do jogo, atente-se aos requisitos mínimos de sistema para não perder todo o brilho que esta versão traz aos nossos olhos.

Um detalhe sobre as cinemáticas é de que elas serão refeitas quadro-a-quadro, e as que estão sendo vistas em gameplays e vídeos, são as originais com o aspecto atualizado para 16×9. Aqui, é um ponto que me chama a atenção, já que estou bem curioso em como a Vicarious Visions (ou a produtora terceirizada responsável) trabalhará com a Blizzard em seus 27 minutos de filmes, reconhecida por seu alto padrão gráfico.

Já meu destaque foi com relação aos efeitos sonoros, remixagem, e design. Apesar de Diablo II ter uma excelente trilha sonora, a opacidade e limitação da época se mostraria desatualizada nos tempos de hoje. As músicas foram remasterizadas e temos um verdadeiro 7.1 Dolby Surround, o que garante mais imersão dentro da ambientação aterrorizante do jogo. Dica: jogue com fone de ouvido, e sinta a beleza sinfônica demoníaca de Matt Uelmen e companhia. 

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O primeiro encontro com Tyrael no Ato II (Imagem: Suco de Mangá)

Novidades e Melhorias

Não basta as melhorias gráficas e técnicas para seu sucesso. Então fica a dúvida: o que o público “das antigas” ganhará ao comprar um jogo com preço de AAA?

Diablo II: Resurrected traz melhorias na mecânica, como coleta automática de ouro e “pressione SHIFT para comparação”, advindos do Diablo III, o que ainda não garante atrair um bom público a encarar a jornada por Santuário com os heróis.

Não posso afirmar ainda, mas senti um remake no balanceamento de drop, fazendo que cada item que cai de um mob de monstros, seja interessante para sua jornada. Outro fator que não posso afirmar também é com relação as fórmulas de combate, que me parecem ainda mais satisfatórias do que tínhamos no último patch de D2LOD.

Se revisarão ou não, buscarei por tais informações, já que próximo do endgame, na dificuldade HELL, o balanceamento de combate e drop de item eram quebrados. Esta é uma das melhorias que eu gostaria de ver aqui com o Resurrected.

Ainda não deu pra saber se TODOS os itens únicos serão desenhados para o boneco 3D que controlamos. O que eu quero dizer é de que no jogo de 20 anos atrás, nem sempre o que víamos no inventário era o que o sprite estava “vestindo”. Espero que este tipo de design seja completo, bem como, quem sabe, até trazer mais alguns únicos pra gente. Não iríamos reclamar. 

Concluindo, e espero fazer ainda mais um teste com o próximo Alfa ou Beta, posso dizer que toda a experiência do jogo antigo está de volta, o que não causará nenhum tipo de arrependimento ao jogador veterano. Já para os que querem adentrar a franquia, caso esta versão se mostre competente em seu balanceamento e replay, também não acho que será um problema para os mais novos.

Diablo II: Resurrected têm potencial para cumprir o que anda prometendo, e visto o trabalho da Vicarious Visions nos remakes de Tony Hawk’s Pro Skater e Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, Diablo voltará revigorado e aterrorizará por muitos anos o povo de Santuário.

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