Para suprir o gosto de todos os nerds do mundo, nada como uma boa luta entre robôs e monstros gigantes, causando uma destruição sem limites em grandes cidades.

Esse foi o primeiro filme Círculo de Fogo, causando uma boa impressão e com certeza o hype é grande quando é anunciada a sequência.

Seria perfeito se não fosse por alguns motivos os quais já estão acontecendo em algumas franquias que ninguém aguenta mais, porém você sabe exatamente quais são elas.

Círculo de Fogo: A Revolta
Círculo de Fogo: A Revolta (Pôster Divulgação)

Mundo pós-guerra

Círculo de Fogo: A Revolta se passa no mundo pós apocalíptico após a guerra ocorrida no primeiro filme, e a pobreza apresentada é bem desapontante e previsível, afinal tudo isso já foi mostrado e provou de seu potencial, mas sendo refém de seu próprio sucesso, e infelizmente foi exatamente o que aconteceu.

O modo como as pessoas vivem em um mundo pós guerra foi interessante, mas foi poucos minutos mostrados e nada mais, depois tudo repetitivamente mostrado como no primeiro filme, sem falar que essa sequência é uma prova nítida de que será a mais nova franquia apresentada no cinema, não é certeza que será o substituto de Velozes e Furiosos, mas que é uma briga com Transformers da Paramount isso é; basta analisar o primeiro filme e prestar atenção em trama e direção – Círculo de Fogo dividirá telas e bilheteria de cinema com Transformers futuramente.

Círculo de Fogo: A Revolta
John Boyega em Círculo de Fogo: A Revolta (Imagem Divulgação)

Batalhas fluindo

O legal é que seu perfil pode ser um clichê, mas que agrada bastante em cenas de batalha, explorando pouco a câmera lenta e deixando a batalha fluir, e o plot twist do vilão funciona, é bem amarrado e alí mostra que as coisas ficarão complicadas, a mesma batalha exagerada é apresentada mas ainda é um ponto forte do filme.

A construção da trama não funciona, sendo bem esquecida em maior parte do filme, menos quando os protagonistas contracenam, os atores John Boyega e Cailee Spaeny ficaram bem em seus papéis, e melhor ainda quando estavam juntos, por um ser bem mais velho que o outro, eles não funcionam como casal e sim como amigos e isso é ótimo, mesmo quando pareceu que a personagem da atriz Adria Arjona ia começar um romance com o personagem de Scott Eastwood, o mesmo não acontece e foi espetacular. Provando que um filme pode ser quase cem por cento de ação e não possuir aquele alívio romântico inexplicável que surgem do nada.

Círculo de Fogo: A Revolta
Rinko Kikuchi em Círculo de Fogo: A Revolta (Imagem Divulgação)

O trunfo de DeKnight

O diretor Steven S. DeKnight fez uma boa direção, mas de certa forma limitada, talvez pelo fato de que essa será a mais nova franquia do cinema possa ser a justificação, a Universal Studios construiu a franquia Velozes e Furiosos e ela é um grande trunfo até hoje, mas que terá um fim e parece estar próximo, pois o desgaste que essa franquia se tornou e o novo filme Círculo de Fogo: A Revolta são provas disso.

O que pode ter sido uma grande ideia de roteiro que envolve robôs e monstros, poderá cair na rotina que a franquia Transformers caiu, mais um filme de robô gigante sem pé nem cabeça, fazendo o que era para ser incrível, se tornar mais uma franquia chata criada para fins comerciais.

REVIEW
Círculo de Fogo: A Revolta
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Baraldi
Editor, escritor, gamer e cinéfilo, aquele que troca sombra e água fresca por Netflix e x-burger. De boísta total sobre filmes e quadrinhos, pois nerd que é nerd, não recusa filme ruim. Vida longa e próspera e que a força esteja com vocês.
circulo-de-fogo-a-revolta-reviewQuando várias criaturas monstruosas, conhecidas como Kaiju, começam a emergir do mar, tem início uma batalha entre estes seres e os humanos. Para combatê-los, a humanidade desenvolve uma série de robôs gigantescos, os Jaegers, cada um controlado por duas pessoas por meio de uma conexão neural. Entretanto, mesmo os Jaegers se mostram insuficientes para derrotar os Kaiju. Diante deste cenário, a última esperança é um velho robô, que passa a ser comandado por um antigo piloto e uma estagiária.